REVOADA: CUPINS EM BUSCA DA SUA CARA METADE

Conhecidos como Siriris ou Aleluias, estes insetos com asas são indivíduos responsáveis pela reprodução dos cupins. Nomeados de reprodutores alados, cupins machos e fêmeas férteis voam com um único objetivo: encontrar um par para acasalamento.

Ocorrendo entre o início da primavera e o final do verão, as revoadas representam o voo nupcial dos cupins. Depois de encontrado o seu par durante o voo, no solo, eles perdem suas asas e escolhem um local para formar o ninho. Agora macho e fêmea se acasalam formando uma nova colônia, tornando-se então rei e rainha.

O rei e a rainha cuidam da primeira geração da nova colônia sozinhos até que tenham criado operários para assumir esta tarefa. O macho permanece junto à fêmea, que necessita ser fecundada com frequência. Enquanto o abdômen da rainha aumenta para que ela possa pôr mais ovos, os operários expandem o ninho.

As colônias de cupins podem sobreviver por muito tempo, e a fêmea sempre procriando. Se o rei ou a rainha morrem, são prontamente substituídos pelos reprodutores de substituição que se encarregam das funções de reprodução dando continuidade ao crescimento da colônia.

Enfim, imagino que os cupins jovens devem ficar sonhando com a chegada da revoada. Afinal, é o único momento em que eles criam asas e podem curtir um romance nas alturas, e quem sabe encontrar sua futura rainha ou seu futuro rei.

Daniela Sena – Estudante do curso de Ciências Biológicas